quinta-feira, 21 de setembro de 2017

História de Iguaba Grande

No dia 13 de março de 1994, cerca de 94 por cento dos eleitores foram às urnas concordando com a emancipação do distrito de Iguaba Grande, que pertencia a São Pedro da Aldeia, foi criado pela Lei 2 161, de 8 de junho de 1954, tendo se emancipado por intermédio da Lei Estadual 2 407, de 8 de junho de 1995, pelo então prefeito aldeense Rodolfo José Mesquita Pedrosa.
A votação popular para determinar a separação político administrativa de Iguaba Grande foi de grande importância para a Região dos Lagos. O Distrito então foi mais um a reivindicar soluções para problemas que o município não conseguia resolver, por isso, a busca da Emancipação. Iguaba Grande possui 22 bairros e um grande número de loteamentos e condomínios (com grande perspectiva de crescimento). Hoje, Iguaba Grande, segundo o censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística possui uma população de aproximadamente 22.000 habitantes.
Iguaba possui 54 quilômetros quadrados de extensão territorial. Limita-se com os municípios de São Pedro da Aldeia e de Araruama e está ligado a Niterói pela Rodovia Amaral Peixoto, da qual dista 119 quilômetros e 139 quilômetros da Cidade do Rio de Janeiro. Outra opção é pela Rio-Manilha, através da BR-101, passando por Rio Bonito e Araruama, tendo acesso ao percurso que serve a Iguaba Grande, na moderna estrada da Via Lagos.
Considerada privilegiada por sua tranquilidade e belezas naturais, Iguaba Grande atrai veranistas e assíduos frequentadores, que desfrutam dos recantos pitorescos, possuindo uma boa estrutura de serviço com pousadas, hotéis, restaurantes e campings. A capela de Nossa Senhora da Conceição, símbolo da cidade e único patrimônio histórico tombado pelo INEPAC está situada em frente à praia, na Rodovia Amaral Peixoto, no quilômetro 96, entre residências e casas comerciais. Assemelha-se ao tipo mais simples das capelas jesuíticas, obedecendo ao estilo típico da época. Construída com argamassa, óleo de baleia, pedras e conchas. Além da reforma feita por Bento José Martins na primeira metade do século XIX, a pequena igreja sofreu, em 1972, uma segunda, que descaracterizou o seu interior.
Registra-se, também, como marco inicial, as centenárias palmeiras plantadas em frente ao Colégio Estadual Doutor Francisco de Paula Paranhos, que, pela altura e beleza, destacam-se na paisagem. Suas sementes são levadas por turistas brasileiros e até mesmo do exterior.
Assinala-se ainda que havia, no tempo das antigas fazendas, um porto batizado com o nome de “Madeira” devido ao grande carregamento deste material e que se localizava no hoje denominado Morro do Governo. O carregamento da madeira e de gêneros alimentícios era feito pelos escravos e transportado por barcos e carro de boi para Massambaba e outras localidades. O comércio local era abastecido por tropas de burros. Os lavradores vinham a cavalo comprar roupas e comestíveis e só pagavam quando chegava o tempo das colheitas. A pesca, por sua vez, era feita em rústicas canoas e os pescadores tocavam uma corneta para anunciar o desembarque do pescado.
Como toda cidade pequena do interior, Iguaba Grande também tinha sua estação de trem da Estrada de Ferro Central do Brasil. Fundada em 15 de maio de 1915, transportava passageiros e cargas, de Niterói a Cabo Frio e vice-versa. Alguns vagões ficavam parados perto da praia, onde hoje é o Condomínio das Garças.
Para armazenar água potável, a população utilizava-se de água de poço e da chuva, depositadas em cisternas domésticas e latas. O serviço de abastecimento encanado só veio em 18 de abril de 1978, após a fusão do estado da Guanabara com o Rio de Janeiro, na administração do Governador Faria Lima.
Iguaba Grande não possuía iluminação pública e somente por volta de 1940 é que a Prefeitura de São Pedro da Aldeia implantou o sistema, utilizando óleo diesel. A manutenção do gerador era feita por um funcionário e, logo que começava escurecer, ele ligava o motor, desligando-o às 22 horas.
O bairro de Igarapiapunha foi uma antiga fazenda que pertencia ao fazendeiro Francisco Cunha, que, até hoje, tem filhos, netos e bisnetos que moram na cidade. Existe uma rua com o nome do fazendeiro e, nesta rua, moram alguns de seus filhos, netos e bisnetos.

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